O Centro de Apoio à Juventude e à Infância de Vila Franca de Xira, Cajixira, surge em 30 de junho de 1992, da preocupação sentida por um grupo de pais e encarregados de educação e de professores, pelo facto de não haver na zona do Bom Retiro e Torre de Cima e Capela - onde se localizam as duas únicas escolas do 2.º e 3.º Ciclo do ensino básico e uma das duas escolas do ensino secundário da freguesia de Vila Franca de Xira: a Escola Básica e Secundária Prof. Reynaldo dos Santos (2.º e 3.º Ciclo e Secundário) e Escola Dr. Vasco Moniz (2.º Ciclo) e um Bairro de Habitação Municipal -, qualquer ocupação dos tempos livres para crianças e jovens a partir do 2.º ciclo ao secundário.
A instituição que desenvolve um trabalho de extrema importância, já que presta um serviço a uma determinada faixa etária em que as respostas são praticamente inexistentes, tendo sido esse um aspeto inovador aquando da sua implementação.
É uma instituição que assume uma postura de grande proximidade com as famílias e crianças/jovens, assumindo por vezes algumas competências da responsabilidade destas no acompanhamento diário que presta, nomeadamente a nível do acompanhamento escolar e no acompanhamento educativo e emocional.
A 15 de junho de 1992, a associação tem o Certificado de admissibilidade da denominação, passado pelo Registo Nacional de Pessoas Coletivas.
É constituída como associação cívica por escritura realizada em 30 de junho de 1992, no Cartório Notarial de Vila Franca de Xira com a denominação de Centro de Apoio à Juventude e à Infância de Vila Franca de Xira e é reconhecida como pessoa de utilidade pública em 15 de setembro desse ano.
Celebra-se o primeiro Acordo de Cooperação com o Centro Regional de Segurança Social em 9 dezembro de 1993, revisto em 1 de outubro de 2004.
Os primeiros Estatutos da instituição datam de 15 de setembro de 1992 e foram alterados em 23 de outubro de 2015.
O Cajixira, desde a sua fundação, tem apostado em projetos indicados para a formação de jovens, pais e encarregados de educação e de grupos sociais mais vulneráveis, dirigidos para as esferas do emprego e da formação e da formação de agentes intervenientes em prevenção e para o desenvolvimento dos pais e da comunidade no processo educativo dos jovens em situação de risco.
Tem procurado também, ao longo da sua atividade, proporcionar aos jovens desfavorecidos experiências no domínio profissional que os permitam adequar as suas competências às necessidades verificadas na vida ativa.
Ao longo de mais de três décadas, rege a sua ação pelos princípios orientadores da solidariedade, igualdade e cooperação.
Desenvolve atividades de valorização dos tempos livres praticamente gratuitas em que se incluem a esmagadora maioria das iniciativas de tempos livres e os diversos ateliês, para os seus jovens.
Subsistimos porque todos que nos têm acompanhado nesta nobre causa social, particularmente as nossas funcionárias, os muitos voluntários e colaboradores que connosco cooperam, nos têm dado um insubstituível contributo solidário.
Saliente-se, que o Cajixira tem como filosofia nunca afastar um jovem da associação, quando os pais comprovem não ter possibilidade do pagamento das mensalidades. Para nós os jovens não podem ser marginalizados, nem deixados na rua ao abandono.
Ainda hoje, é a única instituição existente, naquele que é o maior aglomerado habitacional da freguesia de Vila Franca de Xira e também a única instituição no concelho de Vila Franca de Xira exclusivamente vocacionada para as crianças e os jovens a partir do 2.º ciclo.
Num diálogo entre gerações, apoia os pais e encarregados de educação, promove a discussão e a reflexão sobre diferentes questões pertinentes para o exercício da função educativa nas suas várias vertentes, fomentando o diálogo e a cooperação entre os membros da família de várias gerações.
Combate a pobreza, a solidão e o abandono social, apoiando as famílias fragilizadas pertencentes a faixas etárias mais elevadas, mais expostas ao risco de pobreza e de outras que correm o risco de se tornarem pobres, não só pelo desemprego galopante, termo do subsídio de desemprego, endividamento, perda da habitação e problemas em assegurar a sua sustentabilidade, rejeitando sempre a prática da caridade, na resolução dos problemas sociais.
Em 20 anos de apoio alimentar às famílias, primeiro com o Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC), e em 2014 e 2015 com o Fundo Europeu de Auxílio a Carenciados (FEAC), distribuiu cerca de 200 toneladas de alimentos a mais de 700 famílias e cerca de 2.700 pessoas e 350 utentes.